quinta-feira, 17 de março de 2011

UTILIDADE PÚBLICA:

EVENTO: CAMPEONATO BARÃO DA BORDA.
DATA: 26 DE MARÇO DE 2011.
LOCAL: PRAÇA BARÃO DO RIO BRANCO.
HORÁRIO: 14H ÀS 22H.
CATEGORIA: OPEN.
INSCRIÇÃO: R$10,00.
REALIZAÇÃO: AASKT – ASSOCIAÇÃO AMAPAENSE DE SKATE.
PATROCÍNIO: NA BASE SKATESHOP.
APOIO: TABACARIA MENTALIZE, AMAPUERA COMPENSADOS.
PARCERIA: SEJUV – SECRETARIA ESTADUAL DA JUVENTUDE, SECULT – SECRETARIA ESTADUAL DE CULTURA.


Seguindo o calendário anual de eventos da AASKT, chegamos ao segundo evento da recém criada associação. Agora seguindo uma tendência nacional que são os eventos de rua em sistema de sessões. Escolhemos um obstáculo que está presente no dia-a-dia do skatista que é a Borda, seja ela de concreto ou ferro, ela sempre esta lá.

O obstáculo será totalmente novo para os atletas, uma borda alta em descida, e um degrau mais baixo e plano. A categoria é aberta, estamos esperando um total de trinta inscritos. O que vai motivar as inscrições e a premiação de mais de R$1.000,00 (mil reais) em materiais esportivos, dividos entre os primeiros cinco colocados. Toda a sua realização se dará em um dia, as baterias, demos, apresentação de dj´s e premiação.

Além do evento vamos contar com a presença do skatistas paraenses Gabriel "Gnomo" e Augusto "Formiga". O skaters vão relizar uma demonstração na Pista Pública Santa Inês. Eles estarão em Macapá de 24/03 a 27/03 para divulgar a marca Menem Skateboards.

O evento será realizado em uma praça aberta em frente à residência do governador, essa que está há tempos que total descaso. Nossos objetivos estão explícitos em nossas ações, o amadurecimento do esporte, mostrar a força da associação com eventos bem organizados e a concretização de parcerias/apoios.

O skate amapaense está passando por uma total reestruturação da cena, temos o objetivo de realizar cerca de oito eventos este ano.

Mais informações:

www.aaskt.blogspot.com
aaskt@hotmail.com.br
@aaskt
UTILIDADE PÚBLICA:

Hoje tenho dois motivos de orgulho e alegria para postar aqui, pois sabemos como é difícil a vida de um skatista, seja para conseguir patrocínios ou para participar de campeonatos. Tudo fica pior quando se mora longe dos grandes centros, mas não podemos chorar de barriga cheia, pois temos peças de qualidade no mercado local, além disso nossas ruas são cheias de obstáculos naturais. É galera, força de vontade sempre foi a marca dos skaters amapaenses!

Bem, meu primeiro motivo de orgulho e alegria é que um rapaz que hoje em dia eu considero o melhor skatista de Macapá, fez uma correria imensa para participar do evento chamado Forfun Sk8 Cube. Este que foi realizado em Belém/PA, dia 27/02, no ginásio Altino Pimenta.

O skatista? Rodrigo "Latino", não apenas pagou a passagem, como também ganhou o campeonato de manobras solo. E pasmem é a segunda vez que ele faz isso, iniciativas como a dele fazem a diferença entre o "reclamar" e o "fazer". Muitos skaters reclamam que não existe pista, campeonatos, iniciativa do poder público ou privado, galera FODA-SE, ninguém nasceu com a obrigação de ajudar.

Pode ser que para alguns eu esteja exagerando, mas só quero que entendam uma coisa: quando se tem força de vontade e skate no pé, FAÇA POR VOCÊ MESMO! Cansei de ir para o Pará, São Paulo, Ceará, etc... apenas para andar de skate, os convites para demonstrações e as vitórias em campeonatos, foram apenas consequências, quando a oportunidade aparece meta a cara.

Gostaria de agradecer o nosso brother Dudu Sardo da loja Forfun Streetshop, que sempre promoveu eventos de qualidade em Belém/PA e que também acolheu várias vezes os skatistas amapaenses. Estamos esperando a sua visita aqui em Macapá.

Vamos ao segundo, ops, aos segundos motivos de alegria e orgulho... rsrsrs. A loja Na Base Skateshop, realizou no dia 11/03, o coquetel de apresentação da sua nova equipe, que agora conta com os skaters Ruan Wakasama e Nitai Santana. Conheci os dois ainda curumins no skate, mas com muita vontade no pé, excelente iniciativa do casal Ricardo "Kokada" e Polly proprietários da loja. Sempre comentamos que essa geração de skatistas ia ser PHODA!

Nitai tem um estilo bem leve e encara qualquer tipo de obstáculo, cresceu no skate. Já foi patrocinado pela loja, mas devido a puberdade deixou a equipe... rsrsrsrs (brincadeira). Agora com 15 anos, e segundo ele agora com os objetivos focados no skateboard, tem a missão e o dever de levar o Skate Amapaense a uma evolução cada vez maior.

O branquelo da foto ao lado é o famoso "Waka", dono de um Flip poderoso e extremamente alto. Está com 17 anos, depois de repetir milhares de vezes a mesma série... rsrsrsrs (tá bom quem não repetiu de ano por causa do skate?). O rapaz é local da praça Floriano Peixoto, e evoluiu bastante quando a praça bombava, com sessões diárias até altas horas. Sem dúvida vai ter um futuro excelente no skate, se levar a sério.

Até mais galera, só mais um conselho: SE A VIDA UM DIA LHE VIRAR AS COSTAS, PEGUE NA BUNDA DELA!!! kkkkkkkkkkkkkkKKKKKKKKKKKKKKK


Nome: Antonio dos Passos Jr
Vulgo: Thronn
Idade: 25/06/1965
Tempo de Skate: A eternidade
Profissão: Skater Multi Mídia
Cidade: Los Angeles/CA


Em que época você começou a praticar o skate, como se deu o primeiro contato?
Meu primeiro contato com Sk8 foi aos 7 ou 8 anos de idade. Primeiramente eu vi alguns skatistas descendo as ladeiras da Gávea no Rio de Janeiro. Todas as vezes que vinha da escola eu os via rasgando a ladeira com slides, achei muito curioso, futurista, mas achava que era para caras grandes e mesmo assim ficava me imaginando numa velocidade daquelas. Deveria ser ótimo. 


Comecei a praticar e ter um contato físico com Skateborading de verdade quando eu voltei a morar em São Paulo, pois minha mãe a excelentíssima senhora Aracy Sa Barros Limas era cozinheira e empregada doméstica de uma família americana maravilhosa chamada de Família E. Lee. Eu tinha um bom aliado, da minha idade praticamente, o Matheus E. Lee filho dessa família.


Uma das vezes que ele voltou dos Estados Unidos trouxe um skate mas não se adaptou. Eu tentei até me arrentar todo e minha mãe dizia: “tome cuidado menino”, hahahaahahahaahaha.

Quando começou a participar de campeonatos e como foi a sua passagem de amador para profissional?
Meu primeiro campeonato de Skateboarding foi em 1983  na cidade de Guaratinguetá, eu não tive alternativa corri de free style na profissional porque não tinha inscrições para amador,  já tinham sido esgotadas. Meu amigos Ibiraboys  me incentivaram a me escrever de profissional.


Conquistei um bravo sétimo lugar e ganhei uns prêmios, fiquei muito feliz. Tive o patrocínio de um açougue de carnes que pagou minha passagem e me incentivou muito, O dono do açougue é um grande cara, eu não lembro o nome dele mas tinha visão do esporte para o futuro. Talvez ele hoje seja um senhor que goste de prestigiar uma mega rampa ou qualquer outra modalidade.

O freestyle foi o carro chefe por um tempo, veio o streetstyle e tomou a frente. Sai a técnica e entra a atitude, o que mudou no cenário do skate, seja em campeonatos, demos ou nas sessões entre amigos?
O street veio na hora certa porque as pistas tinham fechado nos Estados Unidos,  o Vert tinha morrido, restava Free Style e campeonatos com datas longínquas de vert ou de Free style. Foi aí que eu realmente nasci.


Naturalmente sem pistas muitos skatistas foram para o surf  já que vert para todos lembra uma onda de concreto mas outros enxergaram e sacaram o Street Style e começaram a difundir no Brasil.


Meu primeiro ídolo do street foi o Harry Jumonji que executava aéreos 360 no chão sem rampa, aquilo me deixava maluco  eu ali ainda fazendo Free Style, que nada vou fazer Street Style. Fui!!


O Mundo já tinha mudado para nós skaters desde que Sex Pistols mandou todo mundo tomar no cú, disse foda-se, eu odeio, sou anti cristo, odeio hippie, anarquia. Isso já vinha da época do Free Style, bandas como Coctel Molotov do Lucio Flávio um Free Styler que era punk rock. O movimento punk tomou força em São Paulo e começou o protesto, polícia batendo nas pessoas, greves, sindicatos começando, skate quebrados, tapas na cara.


Com tudo isso a gente era diferente para uma sociedade de babacas  que acredita na Globo e tal mas não mudou nada hoje em dia, você vê só esse Big Brother, o Brasil inteiro ligado. A ignorância é cultural já, hahahaahahahhahahahahaahah.

Juntou essa energia música de protesto com o Skateboard  e foi um casamento perfeito, após longos anos que os heavy metals não eram aceitos, depois ouve uma fusão em 83, depois Slayer quebrou tudo com Show No Mercy. Mas também esse tipo de som era underground do metal quase ninguém sabia o que era.


Meu grande amigo Fabio Bolota (Editor da revista Tribo Skate) vivíamos nosso Skate Style como sempre religiosamente, ele todos os meses ia no aeroporto comprar revistas. O Bolota sempre me emprestou suas revistas de  Skateboard, eu nunca perdi nenhuma, para nós são mais valiosas que ouro.


Nessa época eu não conhecia ninguém que fosse tão assíduo comprador de Thrasher e TransWorld Skateboarding como Fabio Bolota. Eu tinha uma tinha vasta coleção desde skateboarders de 1976 até 1982 e comprava dezenas de revistas dos pequenos ladrões de banca  do centro de São Paulo. As revistas eram caras  e eu  as trocava por roupas e equipamentos hahahahahahahah.

Como era o mercado de peças e a sua relação com os seus patrocinadores?
Esse negócio de mercado estava indo muito bem até que plano Collor fudeu todos, eu nunca participei da política de comércio  do skate, me dá meu dinheiro e sai da frente, quem gosta de cálculos  é japonês, eu quero andar de skate.

Atleta carismático, estiloso, baladeiro e primeiro campeão brasileiro?
A minha gangue de skate os Ibiraboys são pessoas muito especiais que se uniram para praticar skateboading no parque do Ibirapuera e todas são de lugares completamente diferentes. Sou de Santo Amoro ZS, Bolota Centro, Pastel Guarulhos, Folha Lapa, Edy Vila Gustavo ZN, Chorão Charlie Brown Jr. Tremembé ZN, Hélio Av. Paulista, Tomy Vila Mariana, Tijolo Santa Cruz, Cecilia Mãe Paulista, Harry Jumonji Parí e por aí vai, então essa galera só se encontrava no final de semana, sábados e domingos mas com tempo foi se intensificando as baladas  pela semana a dentro.


Festa em mansões do Murumbi, privadíssimas onde invadíamos pulando muros, ficávamos curtindo a  festa  e muitas vezes de joelheiras, no final mochilas recheadas de bom vinho, whisky,  o que pudesse levar mas nunca nada de valor. Tempo bom os segurança não davam tiros.



O que aconteceu com o Thronn no final dos 80´s?
Final do anos oitenta eu fui o campeão brasileiro de uma modalidade  que colocaria o skateboard numa direção constante. O Street Style apareceu como um protesto dos skatistas americanos que vivem embaixo de muitas leis e juntamente com Punk Rock abriu os olhos de muito gente.


Atitudes do Punk Rock estavam presentes no skateboard estilo de vida e a gente se destacava entre todos os esportes da terra como sendo o único a ter uma relação tão perfeita com música tão vanguardista e com a mudança de comportamento de uma juventude que corria pra mudar o mundo.


Mas na verdade ninguém queria mudar nada a gente queria era viver nossas vidas se pudéssemos a gente mudaria de país, iria viver na Califórnia onde as calçadas são perfeitas sem pedras portuguesas, sol quase ano todo e onde estão nossos ídolos. E poder curtir o skateboard na raiz sem ter que dar aula do que é skate punk e anarquia para ninguém.


Já vimos na música e no cinema que tudo é uma roda de novidades. Como você vê essa onda de nostalgia old school?
Eu acho que ainda temos muito a fazer pela nossa história e resgatar mais fundo, tem gerações antes de mim são meus amigos, tem os mestres Kao Tai, Formiga, Jun Hashimoto, Osmar Fossa, Marcelo Neiva, Cesinha chaves, muita gente.


Eu acho maravilhoso que eles estão resgatando bem na minha parte, eu gosto mas skateboard no Brasil é muito pobre  ainda, eu não sei o que dizer para que isso mude um dia  mas o que sei é que o alicerce pelo menos esta cada vez mais rígido. Eu acho que aí no Amapá deve ter arquivos de skateboard dos anos 70s isso dever ser catalogado junto história do esporte no Brasil.


Fale um pouco sobre o seu projeto thronnsk8mag.com?
O nosso website entrou na fase pública, eu aceito matérias com fotos, vídeos de acontecimentos de skate no seu estado ou cidade.


A gente faz por obrigação da alma porque não temos apoio de patrocinadores, quando tento pedir algo, ele ficam chorando e dizem que estão ferrados e se lamentam choram, ladainha cara. Esse tipo de atitude que está empobrecendo skate no Brasil. Me parece que os velhos lobos não reciclam suas ideias e principalmente sobre internet existe uma lacuna enorme, ontem tentei achar preços de camisetas na net e foi uma canseira.

Deixe um recado para os skatistas Amapaenses.
Meu  projeto está aberto para que vocês divulgarem seu eventos ok. O que eu sei do Amapá, é que tem praia de esquina.