quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

UTILIDADE PÚBLICA:


“NOS ANOS 80 ALGUNS GAROTOS BRASILEIROS ACREDITARAM NO IMPOSSÍVEL E MUDARAM O JEITO DE VER E A MANEIRA DE ANDAR DE SKATE NO BRASIL"


Diretor: Daniel Baccaro
Elenco: Bob Burnquist, Cristiano Mateus, Lincoln Ueda e Sandro Dias
Produção: Daniel Baccaro, Jean Paulo Lasmar
Roteiro: Guilherme Keller
Fotografia: Pierre de Kerchove
Trilha Sonora: Daniel Ganjaman, Mauricio Takara
País: Brasil
Gênero: Documentário
Cor: Colorido
Distribuidora: Walt Disney Pictures
Estúdio: Goma Filmes


Sinopse

Mais do que um filme sobre skate ou skatistas, “Vida Sobre Rodas” conta histórias de superação, coragem, amizade e determinação de jovens que acreditaram em um sonho e realizaram o impossível.

Emocionado, o skatista Lincoln Ueda afirma que o apoio de seu pai, assíduo freqüentador das competições disputadas pelo filho, foi fundamental para seu desenvolvimento no esporte. Um depoimento pessoal, mas que retrata um dos fatores fundamentais para o desenvolvimento do skate no Brasil, o fim do preconceito.

Pais como o de Ueda deixaram de ver o “carrinho” como coisa de marginal ou desocupado e passaram a apoiar seus filhos encarando o skate profissionalmente. A história se repetiu com Sandro Dias, o Mineirinho, Cristiano Mateus e Bob Burnquist, quatro dos principais nomes do esporte no país e protagonistas do longa “Vida Sobre Rodas”.

O filme narra as últimas décadas do  esporte no Brasil, seu vertiginoso crescimento e desenvolvimento técnico pela ótica de quem participou de toda essa revolução. Depoimentos e imagens de skatistas, jornalistas e empresários formam um mosaico que retrata os obstáculos superados pelo skate, hoje o segundo esporte mais praticado no país.

No início dos anos 80, o cenário era desolador, faltavam pistas, equipamentos e apoio aos praticantes. Aos poucos, foram surgindo grupos de skatistas em São Paulo, ABC e interior. Em São Bernardo estava a pista mais famosa da época, enquanto Guaratinguetá abrigava o único campeonato nacional.

Para completar o cenário, atitudes descabidas, como a proibição do esporte nas ruas de São Paulo pelo então prefeito Jânio Quadros e tropeços políticos como o Plano Collor, que arrasou a economia brasileira, tiveram efeitos devastadores no skate.

Com o passar  dos anos, o skate deixou de ser um esporte marginalizado e se expandiu, ganhou as ruas, tornando-se uma febre. Grandes nomes do esporte mundial, como Christian Hosoi e Tony Hawk, vieram se apresentar no país. Passagens retratadas no filme.

Esse sucesso muito se deve ao que Lincoln Ueda, Sandro Dias, Cristiano Mateus e Bob Burnquist fizeram pelo skate. Mais do que mudar o jeito de se praticar o esporte no país e no mundo, os quatro, assim como Digo Menezes, Mauro Mureta, Léo Kakinho, Sérgio Negão, entre muitos outros, mudaram a forma de como o skate é visto mundialmente. Venceram o preconceito, as barreiras no país e também a desconfiança em competições internacionais.

Assim, podemos dizer que “Vida Sobre Rodas” é um documentário de muitas histórias, mas é, acima de tudo sobre como jovens, muitas vezes sem nada em comum além da paixão pelo skate, transformaram o esporte no país.







*texto/imagens/videos: www.vidasobrerodas.com.br

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Material Avulso






STREET da VELHARIA II



Tretas, contusões, piadas, camaradagem e muito skateboard. Esses foram os ingredientes do Street da Velharia II, dia 18 (domingo), esse ano foi um pouco mais organizado levando cerca de 60 skatistas, número esse que podia ser maior, pois tivemos um grande número de faltosos por parte da galera Old School. Mas um ponto positivo é a grande quantidade de skatistas “novatos” que tiveram a disposição de andar de carrinho com essa galera barateira!

Esse ano tivemos o cuidado de documentar tudo em foto/vídeo, Ricardo Kokada (vídeo), Daniel Nec (vídeo), Polly (fotos), dentre outros estavam captando imagens a todo instante. E apenas para constar, não tive acesso a nenhuma foto da galera, as fotos que estão nesta postagem foram cedidas pela Polly e o Edgar. Se alguém tiver a gentileza de ceder algumas imagens é só me enviar.

A saída prevista para 15h teve que ser adiada para as 16h, como sempre a galera da ressaca demorou a acordar no domingão. Concentração tradicional na Av. FAB, mais precisamente na casa do Ronaldo, de lá fomos para o casarão ao lado do colégio Tiradentes, lá fizemos uma sessão rápida e especialmente nostálgica. 

O casarão foi uma verdadeira escola para duas gerações de skatistas, a dos 80´s e a do começo de 90´s. A única parte skatável era a rampinha (e olhe lá, rsrsrs), mas foi o bastante para o Antônio Malária tirar um heel Flip mais estranho que vi na minha vida! Eu como sempre me lasquei na primeira manobra, com isso meu destino desde então foi apenas empurrar, empurrar e tirar um barato.

O tempo era escasso então seguimos descendo a Av. FAB, e lá estava eu empurrando e conversando com o Baratinha, quando de repente, um táxi enquadrou a nossa frente e tocou uma música para o Baratinha... O amor é liiindo, tão liiindo... rsrsrs. Não vou entrar em detalhes, mas meu brother que foi engraçado FOI!

Chegamos na Climed, logo a calçada foi destruída com ollies, nollies e hardflips. O cansaço já era visível devido à ótima forma dos “atletas”, na verdade a sessão naquela calçada é para poucos. Mas o que mais nos interessava era o enquadro que o nosso brother levou. Já era 17h, seguimos então para a Praça da Bandeira.


Égua doido nem consigo descrever a emoção de estar na Av. FAB, empurrando em frente ao CCA com mais de sessenta skatistas! Nessa ocasião eu senti que todos estavam ali por amor ao skateboard, empurrando e contando histórias, vendo que aqueles garotos estavam interessados em saber como era o skate Old School em Macapá.

A sessão foi frenética na Prç. da Bandeira, a galera se dividiu pela praça e assim foi pelo final da tarde. O Dandio inventando manobra nas bases dos mastros, o Caitinha metendo a cara no quarto degrau, o Latino tentando um 360° de cima do palanque. E assim ficamos por lá, a essa altura a maioria estava exausto e eu todo quebrado... rsrsrs.

Antes do anoitecer fomos para a Praça do Côco, que foi reformada e mais parece uma Skate Plaza de tão skatável que ela é. O ponto negativo é que como toda obra superfaturada, o material empregado nela é de péssima qualidade, ou seja,  o cimento é só areia!

Resumindo essa sessão, foi o local onde saiu mais manobras e foi onde todos se quebraram. Ao cair da noite cada um foi para o seu lado, saldo do dia: um domingo do caralho! Espero que no ano que vem possamos chegar ao número de cem skatistas para fortalecer o esporte, lógico que em Macapá temos bem mais do que esse número, mais o difícil é mobilizá-los em torno de um bem comum, o skate forfun.

Veja o vídeo dos melhores momentos: